sábado, 18 de outubro de 2014

Odisséia da volta de Ouro Preto para São Paulo



Férias em Ouro Preto

 Tinha ido de Belo Horizonte para Ouro Preto dez dias antes e não prestei muita atenção no tempo que levei para chegar até o hostel. Cheguei depois das 16 horas e era esperado desde o meio-dia, mas não dei importância. Fui até a rodoviária e comprei passagem para a manhã do sábado. Escolhi o horário de 11 horas porque o vôo era 14h42 e achei que dava bastante tempo para chegar a Belo Horizonte, de lá para o aeroporto de Confins e ainda gastar um tempo de folga no aeroporto.
Tomei o café da manhã bem tarde para não precisar almoçar e fui embora para o retorno a São Paulo, onde trabalharia como mesário nas eleições para presidente.

Viagem a Belo Horizonte
  Peguei o ônibus das 11 horas na Rodoviária de Ouro Preto. Perguntei ao funcionário o tempo da viagem e ele disse que daria umas duas horas e meia, dependendo das obras no caminho. Assustei, pois tinha certeza que seria de uma hora a viagem e saber que seriam mais de duas horas deu um frio na barriga. Ainda assim me conformei, pois desembarcaria em Belo Horizonte e tinha ônibus direto para o aeroporto, não haveria de ter maiores problemas. Ainda bem que eu tinha deixado uma folga. Usaria a folga agora. Assim transcorreu a viagem sem problemas, apenas que no final pegamos trânsito no centro de BH e nos arrastamos até a rodoviária. Desci eram quase 13 horas e trinta e eu tinha só uns 45 minutos para chegar em cima da hora no aeroporto de Confins. O ônibus deveria levar pelos meus cálculos uns 30 minutos e se não demorasse a sair estaria tudo bem.

Viagem a Confins
Procurei um guichê de informações para dizer onde pegar o ônibus e o homem falou para ir na companhia Anil, ou algo assim. Não dei bola e corri em busca dessa Anil, a empresa que faz o trajeto até o aeroporto. Dei a volta na rodoviária e não achava a empresa. No fim perguntei para outra pessoa que me indicou o guichê, minúsculo, e eu estava quase na frente. Já se tinham passado mais 10 minutos e o meu tempo corria demais. Ainda tinha uma estrada para enfrentar, chegar no aeroporto e procurar o portão de embarque. Estava com duas malas pequenas e não precisava fazer  o check-in. A pessoa do guichê me atende e diz que a viagem era de uma hora, e o ônibus sairia em 10 minutos. Fiquei louco. Perguntei a distância do aeroporto e ela falou em 45 km. Mais de uma hora e ainda podia pegar trânsito no caminho. Desisti do ônibus e falei que ia pegar um taxi. Ela ainda falou que nem de táxi eu chegaria, mas me resignei, passei no banheiro e ainda pensei que precisava tirar dinheiro para pagar o táxi, mas achei melhor sacar no aeroporto. Uma má idéia, como descobri logo. Conversei com um motorista e perguntei o preço até o aeroporto. Deu um valor aproximado e perguntei se não fazia um preço fixo. Disse que não era habitual. Virei as costas e voltei para a rodoviária para procurar uma empresa de táxi e ter um valor fixo de viagem. Descobri que não tem empresa de táxis lá. Voltei até o meu táxi e o motorista estava minha espera, Acertamos um valor, . Concordei e fomos embora. Ele ainda ligou o taxímetro mas disse que era formalidade. Saiu no meio do trânsito, não dava para andar muito e expliquei que precisaria chegar em Confins 14h12, mas sabia que não daria, mas que ele fizesse o que pudesse para eu tentar pegar o vôo. Quando pegamos a estrada o trânsito estava bom e desenvolvemos uma velocidade melhor, de qualquer forma eu olhava o relógio e achava que não daria tempo. Pensei que seria melhor ter trocado o horário do vôo e pago a diferença, e ir de ônibus na certeza, em vez de gastar com táxi e afinal ter que trocar o vôo da mesma maneira.

No Aeroporto de Confins

Chegada do Táxi
Bem, chegamos e eu estava sem o dinheiro todo da corrida e precisaava sacar no caixa automático. Desci do táxi onde deixei as malas para procurar o caixa. Andei pelo saguão do terminal procurando a imagem familiar de uma caixa automático que podia ser Bradesco ou 24 Horas e nada. Fui até as informações turísticas e me falaram de um corredor fora do aeroporto onde tem todos os caixas. Fiz o saque e fui correndo até o táxi fazer o pagamento e pegar minhas malas. Já tinha gasto uns cinco minutos no aeroporto numa hora em que cada segundo contava.

Balcão da Companhia Aérea
Não pretendia fazer o checkin na companhia porque tinha feito pelo celular e não despacharia bagagem. Portanto vi no quadro de avisos o portão de embarque e corri subindo uma rampa até o andar de cima para apresentar o cartão de embarque no celular. Tentei achar o cartão do checkin pelo celular e nada. Não sei se a internet estava lenta ou qual a razão, ou eu não sabia mesmo olhar o cartão gerado automáticamente. Tentei logar num wifi do aeroporto e deu um monte de erros na tela, de conexão sem segurança e continuou não aparecendo nada. A funcionária do portão recomendou que eu fosse até a companhia. Gelei pensando na perda de tempo mas não tinha jeito, corri rampa abaixo até o balcão da Gol, furei a fila, passei por baixo das cordas e pedi para o funcionário dar um jeito que o vôo estava na hora. No guichê a moça disse que o embarque já estava encerrado mas me deu o cartão de embarque mesmo assim. Admirei. Noutras vezes eu apenas ouvia o bordão "embarque encerrado" e me mandavam embora, mas com o cartão na mão, a mala e a mochila, deitei a correr rampa acima de volta ao portão de embarque.

Embarque
Cheguei correndo com o cartão e o RG na mão, mostrei para a moça que passou o escaner e entrei no portão para passar as malas no raio-x. Esvaziei os bolsos e fui passar no detetor e apitou. Ela disse para tirar o cinto. Tirei o cinto e passei de novo.  Novo apito.Voltei e tinha um tubo de creme quase no fim no bolso. Coloquei na caixa da esteira e passei de novo, aí passou. Peguei as malas, o cartão e documentos, e o cinto, tudo na mão e corri para o portão 8, que é o último do andar. Não tinha a menor esperança de conseguir mas estava lutando. No caminho as calças caiam por falta do cinto e eu tinha que escolher correr segurando a calça ou parar e colocar o cinto. Continuei correndo, segurando a calça para não cair e segui célere em direção ao portão 8. Cheguei sem fôlego e a moça me passou e ainda a ouvi falando que o embarque estava encerrado num. Desci pelo corredor de embarque, com calma, colocando o cinto e pensando que agora nada mais poderia acontecer. Estava dentro. do avião. Ainda encontrei pessoas entrando no avião e segui para o meu lugar que ficava lá no fundo do avião. Foi uma boa viagem e ainda vim conversando com o meu vizinho de poltrona que era um médico que tinha participado de um congresso em BH e era colombiano. Foi legal.

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